11/07/2017 às 20h44min - Atualizada em 11/07/2017 às 20h44min
“A mesma sociedade que pediu a saída agora pede a volta do GPT em Aragarças”, lembra capitão
Ronaldo Couto / Araguaia Notícia
O capitão da Polícia Militar (PM) Geovani lembra que era um oficial recém-chegado na cidade de Aragarças-GO, divisa com Mato Grosso, há dez anos, que veio para substituir os policiais afastados da corporação por causa da denúncia de que possivelmente integrantes do GPT de Aragarças estariam ligados a um grupo de extermínio e a morte de 13 pessoas que tinham supostamente ligações com o tráfico.
Na época, sete policiais foram afastados da corporação de Aragarças, todavia passados dez anos a denúncia praticamente caiu por terra e somente um policial ainda responde essa ação. “Eu vejo que a mesma sociedade que recriminou o GPT pedindo que o grupamento fosse retirado das ruas hoje é a mesma sociedade que pede a volta deste grupamento por causa da violência e nós faremos o possível para reativá-lo dentro do prazo de 90 dias”, destacou Geovani.
Esse prazo foi estipulado pelo vice-governador José Eliton que visitou a cidade de Aragarças na terça-feira e atendendo solicitação do prefeito José Elias Fernandes pediu que o comando geral da PM de Goiás agilize para colocar o GPT nas ruas novamente no município aragarcense.
“Eu também quero o quanto antes o GPT de volta nas ruas e vou trabalhar para isso. Esse prazo passa também a ser meu também. Eu dependo de que os policiais queiram fazer cursos e se qualifiquem para o GPT”, frisou Geovani.
O comandante ressaltou que não pode forçar a tropa a entrar no GPT e que essa decisão é de foro íntimo de cada policial. Para formar o GPT, o capitão vai precisar do respaldo do Governo do Estado na aquisição de uma viatura equipada para essa missão e a disponibilização de mais policiais.
“Pra criar uma equipe do GPT eu preciso de mais policiais caso contrário vou ter tirar PMs das ruas para montar o GPT de novo”, finalizou.