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08/06/2011 às 14h10min - Atualizada em 08/06/2011 às 14h10min

Prefeitura toma terreno de universidade particular

Olhar Direto
Reprodução A faculdade tem 1.600 alunos e é pioneira no curso de Direito no interior de MT

Uma nova polêmica surgiu em Barra do Garças, a 509 km de Cuiabá, onde a prefeitura decidiu tomar um terreno doado à Faculdade Cathedral. A decisão foi comunicada através do procurador-geral da prefeitura, Daniel Casella, que encaminhou um ofício para direção da universidade dia 30 de maio. No documento, o procurador alega que a instituição de ensino não está cumprindo o contrato de doação firmado em 2004.

O procurador explica no ofício que a prefeitura foi provocada por um questionamento do Ministério Público Estadual (MPE) sobre terrenos doados pela administração que não estariam sendo utilizados. O procurador cita “tendo em vista inadimplemento das condições da doação por parte da donatória, procedeu-se a reversa da doação feita pelo município em favor da Facisa, hoje Faculdade Cathedral”.

O diretor da Cathedral, advogado Sandro Saggin, rebateu os argumentos da prefeitura nesta terça-feira (7) e taxou de ilegal a decisão da prefeitura. Segundo Saggin, o terreno foi doado num projeto de lei aprovado na Câmara de Vereadores e para sua revogação dependeria de uma nova votação no legislativo. Sobre a doação, o diretor alega que não existe prazo para construir no prédio e isso tornaria truculento o ato da prefeitura de tomar o terreno desta forma anunciada.

O diretor atribui essa decisão a uma possível perseguição a ele ou nova direção da faculdade. “Nós assumimos a faculdade faz dois meses e esse terreno foi doado há sete anos atrás e nunca questionaram essa doação antes”, frisou.

Saggin acredita que o prefeito Wanderlei Farias esteja sendo influenciado pelo procurador Daniel Casella que era funcionário da Cathedral e saiu com a ex-equipe da faculdade. Sandro lembrou que já teve um contratempo com o procurador no início do ano quando questionou o fato do Daniel estar na procuradoria e ser mencionado como sócio do escritório de advocacia da Primeira-dama de Barra do Garças, Laura Beatriz.

O diretor da Cathedral acha que outro motivo desta decisão seria retaliação ao fato do seu nome ter sido lembrado para ser candidato a prefeito em Barra em 2012. “Eu não estou me lançando candidato, eu fui convidado por um grupo de empresários para ser a 3ª via” justifica.

Saggin lamenta que esse episódio pode atrapalhar a faculdade que tem 1.600 alunos e pediu mais seis cursos junto ao MEC em Brasília e pretende construir um novo prédio na área que a prefeitura está querendo tomar.
 

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