O prefeito de Barra do Garças, Wanderlei Farias (PR), foi notificado judicialmente para pagar os salários atrasados de quatro professores aprovados no último concurso público e lotados para trabalharem nas aldeias indígenas do município. Os professores alegam que não foram informados corretamente onde deveriam tomar posse e as aldeias onde estavam trabalhando não tinha condições de serviço e por isso ingressaram com ação na Justiça.
A ação foi proposta pela defensora pública Lindalva de Fátima Ramos e deferida pelo juiz da 2ª Vara Cível de Barra do Garças, Michel Lotfi Rocha da Silva, que determinou um prazo de cinco dias para pagamento dos salários sob pena do município ser multado diariamente em R$ 2 mil.
Os professores informaram que a procurarem a Secretaria Municipal de Educação foram informados que deveriam se deslocar as aldeias por conta própria sem ao menos saber onde deveriam atuar. E que deveriam obter informações com os indígenas que vivem na cidade.
Após buscar auxílio na Fundação Nacional do Índio (Funai), os professores conseguiram chegar às aldeias, que estão localizadas a 210 quilômetros do município. Os professores constataram que as aldeias não tinham estrutura para receberem as aulas e prédio da escola estava em péssimas condições, inclusive, não dispunha de banheiros, alojamentos e material didático.
Os professores também destacaram que não foi assegurado a eles alimentação, e por isso, não permaneceram nas aldeias. Diante dos fatos, os profissionais entraram na Justiça com uma ação, via Defensoria Pública.
A Prefeitura de Barra do Garças informou, por meio de ofício, que não tem obrigação de fornecer transporte aos professores, mas que está buscando formas de solucionar o problema. A dívida com os salários atrasados dos professores chega a R$ 15 mil.