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08/03/2017 às 12h45min - Atualizada em 08/03/2017 às 12h45min

Magistrado explica soltura de elemento perigoso

Inácio Roberto, Interativa
Um criminoso de alta periculosidade acabou sendo solto por engano da Penitenciária Major Zuzi Alves da Silva, em Água Boa, no início de fevereiro. De acordo com a Polícia Civil, Josimar Alves da Silva, responde por vários crimes, entre eles, homicídio, falsidade ideológica, porte ilegal de arma e formação de quadrilha. Segundo o delegado Rafael Silva Fossari, da regional de Primavera do Leste, Josimar foi preso em agosto de 2016 com documentos falsos e porte ilegal de arma de fogo.

“No momento da prisão ele usava o nome de Carlos, mas depois foi descoberta sua identidade verdadeira. Ao investigar o passado do suspeito, a Polícia descobriu que ele era foragido de Ji-Paraná, Rondônia, por homicídio”. Josimar foi condenado a 21 anos e nove meses de prisão em Rondônia. “Ele é considerado de alta periculosidade”.

A falha, segundo o delegado, ocorreu na comunicação entre as comarcas de Primavera do Leste e Água Boa. "Acredito que houve uma falha na comunicação entre os dois municípios, pois o juiz que expediu o mandado de soltura do suspeito não viu que ele já estava condenado por outros crimes. A soltura do suspeito era apenas dos crimes de porte ilegal de arma de fogo e falsidade ideológica, porém deveria ter ficado preso pela condenação de homicídio” explicou Fossari. Agora a Polícia continua buscando Josimar, e pede ajuda da população para que o suspeito seja recapturado.

Qualquer informação sobre o paradeiro do criminoso pode ser repassada aos telefones 197 ou 190, inclusive denúncia anônima. Josimar é suspeito de ter matado o ex-presidente da Câmara dos Vereadores de Ouro Preto do Oeste/RO, Edson Gasparoto. O político foi morto a tiros na hora do jantar, em um restaurante às margens da BR-364 no dia 15 de agosto de 2007. Josimar também é investigado pelo crime de latrocínio no município de Campo Verde, pela morte de Muller Antunes de Moura, 35. O corpo de Muller foi encontrado no dia 8 de agosto de 2016, em estado de decomposição.

MAGISTRADO EXPLICA

O juiz titular da Vara de Execuções penais da Comarca concedeu entrevista para trazer informações sobre a possível liberação de um preso perigoso que tinha outras condenações. Dr. Pedro Davi Benetti (foto), disse que no mês de fevereiro, recebeu Ordem de Soltura da Comarca de Primavera do Leste beneficiando um reeducando recolhido na Penitenciária Regional Major Zuzi.

Como responsável pela custódia dos presos da comarca, o magistrado cumpriu imediatamente o Alvará, dando liberdade ao reeducando. O juiz disse que se este reeducando tinha utilizado documento falso, tal fato não chegou ao conhecimento da Justiça. Ele reconheceu que o sistema de checagem das pessoas ainda é falho no país todo. Para ele, o ideal seria que o reconhecimento fosse pela impressão digital em sistema unificado, com fotografia e todos os dados pessoais.

Nesse caso, essas informações preliminares não constavam na justiça, o que permitiu que o reeducando com documentos falsos, burlasse o sistema judiciário e o serviço policial. Dr. Pedro Davi salienta que este preso utilizando nome falso, quando cumpriu a pena, foi posto em liberdade, segundo estabelece a legislação.

"Tal ordem foi emitida pela justiça de Primavera do Leste, a qual não cabe interferência do magistrado local, a não ser que houvesse fato novo", disse.

A entrevista completa será veiculada daqui a pouco no bloco de reportagens, da Rádio Interativa, às 12hs 30min. NÃO PERCA.
 

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