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03/06/2011 às 17h36min - Atualizada em 03/06/2011 às 17h36min

PM não tem efetivo para evitar conflito entre índios e fazendeiros

Olhar Direto
O Inquisidor Suiá-Missú é a causa da briga

A decisão dos índios de não aceitarem outra área no lugar da Suiá-Missú ignorando a proposta do governador Silval Barbosa (PMDB) pode esquentar o clima entre índios da etnia Xavante e posseiros que lutam pela posse da área, no município de Alto da Boa Vista (1060) km de Cuiabá.

Temendo um possível conflito, o presidente da associação dos fazendeiros da Suiá-Missú, Renato Teodoro, pediu reforço da Policia Militar ao comandante do Araguaia, coronel Valdemir Barbosa. O fazendeiro informou que já houve saque em uma fazenda onde os índios expulsaram os funcionários e se apropriaram do local.

O coronel Barbosa disse que a decisão de levar os índios para Suiá-Missú é da Justiça Federal, portanto de competência da Polícia Federal e não da Polícia Militar. Ele adiantou que não dispõe de efetivo suficiente no Araguaia para evitar um conflito. “Eu só desço para aquela região com autorização do governo e com a participação do Bope e Gaeco juntos também”, frisou.

A Suiá-Missú foi a maior fazenda que virou o maior assentamento do mundo com quase seis mil pessoas até um distrito foi criado dentro da área com posto de gasolina, escola, farmácia e comércio foi criado denominado Estrela do Araguaia.

O índio xavante Cosme Rité, diretor da escola indígena localizada na gleba Suiá Missú, anunciou que a comunidade nativa não vai aceitar a proposta apresentada pelo governador Silval Barbosa (PMDB), de transferir a reserva indígena para outra área.

O governador Silval Barbosa se reuniu com o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Luiz Paulo Barreto, em Brasília, e entregou um documento propondo a transferência da reserva indígena para uma nova área. Com 152, 3 mil hectares, a Gleba Suiá Missú foi reconhecida pela Justiça Federal como área Xavante, reforçando o decreto presidencial assinado em 1998.

O Ministério Público Federal entrou com um pedido de execução de sentença exigindo que os fazendeiros desocupem a região.

O coronel Barbosa entende que a proposta de Silval é mais sensata para resolver o impasse. Mesmo que os índios já tenham morado ali, na opinião do militar, já se passaram muito tempo e a permuta de área seria uma solução.

Sobre a presença da PM, Barbosa disse que não recebeu nenhuma orientação do comando-geral sobre esse assunto. A área oferecida pelo governo do Estado para a permuta dos índios possui 225 mil hectares e fica entre os rios das Mortes e Araguaia.

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