Diversos veículos de comunicação do Brasil destacaram esta semana reportagens sobre a importância da BR 158 para a economia do estado de Mato Grosso, entre eles, o site "Uol", o jornal "O Estadão", a revista "Istoé", dentre tantos outros. Na maioria dos casos o título utilizado foi: "Estrada em terra índigena é única rota para escoar safra no nordeste de MT".
A reportagem destacou que apesar da importância a rodovia foi esquecida no plano de concessões feito pelo governo federal a alguns anos e hoje a única rota de escoamento de grãos da região nordeste de Mato Grosso, área de maior crescimento do agronegócio no Estado, que se destaca como o maior produtor de soja, milho e algodão do Brasil. Pois apensar de tudo isso, e da relevância logística, a estrada aberta há mais de 30 anos ainda está em leito natural, repleta de atoleiros e pontes de madeira, em muitos casos, apodrecidas.
"Regularmente, registram-se casos de quedas de caminhões de carga e mortes de motoristas", diz um trecho do texto, que segue: "Em 2014, o governo chegou a analisar a possibilidade de fazer um contorno na estrada, passando por fora da reserva indígena de Maradsede, mas o traçado bateu em cima de um cemitério indígena e foi abandonado".
O governo de Mato Grosso fez as contas sobre o impacto financeiro de um segundo contorno. A viagem aumentaria em 70 quilômetros. A pavimentação do trecho da reserva, avaliada em R$ 250 milhões, saltaria para R$ 528 milhões. O custo do frete, segundo o governo estadual, cresceria cerca de R$ 170 milhões por ano. E os gastos anuais com manutenção do trecho seriam R$ 8 milhões maiores que aquele previsto para o traçado que hoje corta a reserva indígena.