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04/11/2016 às 14h18min - Atualizada em 04/11/2016 às 14h18min

Por falta de pagamento, trabalhadores param de asfaltar trecho da MT-020 no Araguaia

Agência da Notícia
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Cerca de 30 operários que trabalham nas obras do asfalto na MT-020, entre Canarana e Paranatinga, respectivamente, estão em greve. Os trabalhadores cobram da empreiteira Base Dupla Serviços de Construção Civil Ltda o recebimento de dois salários atrasados.

A obra, que faz parte do programa Pró-Estradas, está orçada em R$ 20,3 milhões. A ordem de serviço para o início do serviço foi dada em abril do ano passado.

O G1 entrou em contato com a empreiteira responsável pela obra e os funcionários informaram que não estão sabendo da paralisação. A reportagem tentou entrar em contato com os sócios proprietários da Base Dupla Construções Civil, mas as chamadas não haviam sido atendidas e nem retornadas até a publicação desta reportagem. O governo do estado, por meio da Secretaria Estadual de Infraestrutura (Sinfra), informou que os repasses para as empresas que executam obras do programa estão em dia.

A paralisação começou no dia 20 de outubro. Além do atraso salarial, os funcionários reclamam das más condições de trabalho. Segundo Sebastião, falta água e condições sanitárias básicas nos alojamentos e os equipamentos e veículos da obra são antigos.

"É um descaso com a gente, dois meses sem receber nenhum pagamento. É um descaso com as famílias da gente. Tem famílias de funcionários que já estão passando necessidade. Prometem pagar num dia, daí não pagam, daí prometem pagar em outro dia e também não pagam. Muito difícil para nós", disse um funcionário, que pediu para não ter o nome divulgado.

Segundo ele, tem trabalhadores de várias regiões do país, incluindo dos estados de São Paulo, Maranhão, Pará, Tocantins e Mato Grosso do Sul. "[A empresa] tinha que nos valorizar. Desse jeito estão nos desvalorizando, desvalorizando nossas famílias. Fica muito difícil", reclamou.

Os trabalhadores ficam em um alojamento às margens da rodovia. O alojamento é precário, segundo o trabalhador. "É um alojamento de tábua, não tem zelador de pátio, muitas vezes nós temos que lavar banheiro. É um descaso, desumano", declarou.

Além dos trabalhadores, os prestadores de serviços terceirizados também estão sem receber. Um deles disse que está trabalhando desde agosto e até agora não recebeu nenhum pagamento, de fato. "Me passaram um cheque referente a agosto. O cheque foi para o banco, mas estava sem fundos e depois na segunda vez que fui ao banco ele tinha sido sustado", alegou o empresário, que é dono de um trator alugado para a empresa que executa a obra.

“Um cheque no valor de aproximadamente R$ 9 mil. Na primeira vez que tentamos descontar, o cheque voltou. Na segunda vez, a empresa sustou. Eles vão dizendo que vão fazer o pagamento amanhã, na semana que vem, e assim nos enrolam”, relatou. Ele disse que, além de não atrasar os pagamentos, a empresa não atende as ligações dos funcionários.

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