Alunos do ensino técnico do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) de Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, criaram uma bengala ultrassônica para cegos. O equipamento, que deve virar um protótipo, irá alertar os deficientes visuais sobre obstáculos na rua.
A ideia foi apresentada na 13ª Semana Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCTI), que foi realizada na Arena Pantanal, em Cuiabá. Além da bengala, uma jovem da mesma unidade de ensino levou até o evento o projeto de uma pulseira médica de baixo custo que mede os batimentos cardíacos.
A bengala ultrassônica - que funciona com o auxílio de um celular e um fone de ouvido - foi desenvolvida pelos alunos do curso técnico de eletrotécnica Cleiton Amaro dos Santos, Felipe Dias e João Paulo Francisco de Oliveira e pela aluna de logística Mariana Cristina Bispo da Silva.
A ideia dos jovens foi concebida em um evento interno da escola. A missão dos alunos era pensar em uma alguma inovação que pudesse melhorar a vida de pessoas deficientes ou com algum tipo de problema médico.
Felipe Dias explicou que o projeto consiste em equipar uma bengala comum com um sensor ultrassônico, que captura a distância entre objetos, um ardoino, que irá processar a informação do objeto se aproximando e mandará um sinal de vibração para o aparelho celular utilizado pelo cego. Com o fone de ouvido, ele saberá a distância que está do obstáculo.
De acordo com Felipe, o próximo passo é construir esse protótipo e realizar testes para que os pontos fracos do projeto sejam observados. Ele ainda defendeu que tudo isso surgiu por que para os alunos a ideia é uma forma de “tentar ajudar as pessoas que têm algum tipo de dificuldade de locomoção. Eu já vi deficiente caindo na rua porque o movimento da bengala falhou. Nada mais justo do que tentar de alguma forma melhorar a vida dessas pessoas”.