Foi sepultado quinta-feira (07) em Barra do Garças o vigilante da prefeitura João Batista Dias Ramos, 50 anos, que estava aguardando há trinta dias uma vaga para ser operado. A família diz que o trabalhador morreu praticamente à míngua, porque estava sofrendo há quatro meses e a doença piorou nesse último mês.
Os médicos diagnosticaram um quadro de infecção na próstata, fígado e pulmão e recomendou que o vigilante fosse transferido para operar em Cuiabá ou Goiânia.
A família procurou a TV Serra Azul, onde protestou sobre a demora. Na semana passada, João Batista, que estava internado no Pronto Socorro Municipal (PSM) foi mandado embora para casa. E só voltou na segunda-feira, porque a família do vigilante voltou a procurar a TV para reclamar.
A vaga para João Batista saiu para Goiânia para o dia 11, porém o trabalhador não aguentou e faleceu quarta-feira.
"O que a gente queria era pelo menos uma morte digna para nosso pai, já que a vaga não saiu", diz Ana Paula, uma das filhas revoltadas com a situação.
O vigilante trabalhava na feira coberta do Alto Boa Vista e, quando começou a passar mal, os médicos disseram que ele tinha problema de coluna. Só depois, com mais exames, é que a família descobriu o que realmente ele tinha.