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05/06/2016 às 12h08min - Atualizada em 05/06/2016 às 12h08min

Filha abraça mãe depois de 39 anos. Acompanhe vídeo:

JC NET - Bauru/SP
JCNet - Samantha Ciuffa

“Sonhei tanto com esse abraço”. Foram essas as primeiras palavras de Patrícia Soares na noite de sexta-feira (3), após esperar quase quatro décadas para ver a mãe biológica, Maria Izabel da Silva, a Belinha. As duas já haviam conversado por telefone na quarta-feira (1), conforme o JC mostrou nessa sexta, mas a ansiedade de Patrícia depois de tanto tempo de angústia e espera falou mais alto.

No final da madrugada dessa sexta-feira (3), Patrícia, o marido Pompílio Soares Neto e os três filhos, todos adolescentes (Poliemily, Pâmela e Muryllo), saíram de Aragarças, em Goiás, e percorreram 980 quilômetros até Bauru. Eles chegaram na cidade já pelo início da noite e foram recebidos por Belinha e quase toda sua família, na casa de uma de suas filhas, no Jardim Carolina.

Por lá, Patrícia conheceu quatro dos cinco irmãos: Nelson, Vinicius, Natali e Marisa. O único ausente foi Wellington. Os 14 netos e o bisneto de Belinha também marcaram presença. Agora, são, na verdade, 17 netos, com os três filhos de Patrícia.

História

Patrícia foi adotada aos três meses e, desde então, nunca mais teve notícias de Belinha. Aos 12 anos de idade, ela começou a ter interesse em conhecer a mãe biológica. A vontade foi aumentando ainda mais nos últimos anos. Porém, as informações sobre o destino da genitora eram escassas.

“De alguns meses para cá, fui conseguindo algumas informações, até porque depois fui conhecer alguns tios biológicos que moram em Aragarças ainda, mas que já não tem contato com ela. Sabia que ela estava em São Paulo, mas não sabia em que cidade. E a minha certidão de nascimento está errada. Foi colocado como mãe biológica Maria de Fátima da Silva. Então fiquei por anos procurando pelo nome errado”, explica.

Foi um dos irmãos de Belinha que ajudou Patrícia a começar a trilhar o caminho para descobrir onde a sua mãe estava. A matéria que o JC publicou com Belinha, por um outro motivo (o show que Eduardo Costa fez na cidade, em 30 de abril), deu a certeza de que a mãe estava em Bauru.

Comparando fotografias da época em que Belinha era mais nova com a imagem publicada no Jornal da Cidade, Patrícia não teve dúvidas: era sua mãe. Nesta semana, ela procurou a redação do JC e contou também com a ajuda de Gisele Moretti, amiga de Belinha, que a auxiliou com outros contatos e em sua chegada a Bauru.

Patrícia comenta que sempre foi bem tratada pela sua família adotiva, mas o desejo de conhecer a mãe biológica era grande. “Eu queria muito conhecer ela. Era o meu maior desejo. E, agora, realizei isso. Procurei em todos os lugares possíveis, fui em arquivos da Justiça, da Receita Federal. Agora, consegui encontrá-la. É um sonho realizado”, conta.

Belinha também não escondeu a emoção. As duas choraram muito ao se ver, a exemplo dos demais familiares. “Agora minha vida está completa. Achei que nunca mais ia ver a minha primeira filha, agora está tudo certo. Não falta mais nada para mim”, falou a matriarca da família.

Ajuda

Para vir de Goiás até Bauru, Patrícia e a família usaram algumas reservas pessoais e contaram com a ajuda de amigos. “O pastor da minha igreja ajudou, outros amigos também”, explica. Eles gastaram cerca de R$ 1.000,00 de combustível, e estimam gastar o mesmo valor na volta. Eles ficam na cidade até terça-feira. A família possui apenas parte desse recurso e quem puder ajudá-los de alguma forma no retorno pode entrar em contato com Gisele, pelo telefone (14) 98822-6640 (Vivo).

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