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01/06/2016 às 13h28min - Atualizada em 01/06/2016 às 13h28min

Governador diz que quer renegociar dívida com a União para decidir RGA

G1 MT
Reprodução/TVCA

O governador de Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB), disse em entrevista ao programa Bom Dia Mato Grosso nesta quarta-feira (1º) que deve se reunir ainda hoje com o presidente em exercício, Michel Temer (PMDB), para tratar da renegociação da dívida do estado. Conforme o chefe do Executivo estadual, dependendo do resultado do encontro, a proposta feita aos servidores públicos, já recusada pelo Fórum Sindical, para pagamento da recomposição da inflação poderá ser alterada. O estado propôs pagar, de forma parcelada, 5% dos 11,28% da Revisão Geral Anual, sendo 2% em setembro e 3% em janeiro.

"Estamos esperando a reunião de hoje em Brasília. Vou me reunir com o presidente da República. A União vai buscar um acordo com os estados para pagamento da dívida e dos juros. No ano passado, nós pagamos R$ 1,1 bilhão. E temos mais R$ 5 bilhões a pagar, a maior parte de obras da Copa", disse. O secretário de Fazenda, Paulo Brustolin, também deve ter reunião nesta quarta com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

Porém, Taques adiantou que as exigências do governo federal para que essa dívida seja renegociada não são as mais favoráveis aos funcionários públicos. "Uma das condições que está trazendo para assinar a renegociação da dívida e ter uma moratória de dois anos é não dar nem R$ 1 de reajuste, como 25 estados fizeram, e não fazer concurso público", declarou.

Um dia depois de recusarem a proposta do estado, pelo menos 28 categorias de servidores estraram em greve para cobrar o pagamento da RGA. Sobre a proposta feita ao funcionalismo público, Taques voltou a dizer que essa é a única alternativa que o estado tem no momento de conceder a reposição salarial da inflação de 2015, e que se pagar integralmente os 11,28%, os salários serão atrasados nos próximos meses.

"A nossa folha de pagamento é de R$ 620 milhões, em média. Se eu tivesse pago a RGA ontem, nós teríamos mais ou menos R$ 90 milhões e eu teria que atrasar o salário. Não tem dinheiro em caixa. A arrecadação do estado aumentou, mas não aumentou na proporção que aumentou o valor dos salários e também de novos servidores que foram chamados", afirmou o governador.

Ele disse também que Mato Grosso está numa situação melhor que a dos outros estados. "Este ano, só um estado da federação está pagando a RGA: o Paraná. (...) Os sindicatos querem os 11% em 2016. Não temos condições de fazer isso. Porque se eu fizer isso, vou atrasar o salário no final do mês. Ou vou parcelar e ter que demitir servidores em estágio probatório".

Sobre o fato da primeira parcela da proposta do governo incluir o pagamento da primeira parcela somente em setembro, Taques disse que é porque aquele mês faz parte do último quadrimestre e que, assim, o estado estaria fora dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal.

A próxima reunião entre o governo e os servidores públicos deve ser realizada na quinta-feira (2).

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