O laudo pericial do Instituto Médico Legal (IML) de Iporá confirmou que o bebê de três meses e vinte dias, morto dia 30/4 na cidade de Doverlândia, foi vítima de asfixia mecânica. De acordo com o delegado responsável pelas investigações, Marlon Souza Luz, “o pulmão da criança apresentava lesões”.
Marlon disse ainda que “no corpo do bebê havia pequenos hematomas, especialmente nas pernas e braços”, mas insuficientes para provocar a morte. “Na casa havia quatro adultos que ingeriram bebidas alcoólicas antes de dormir. Tudo indica que a mãe tenha rolado sobre a criança enquanto dormia, o que pode ter provocado a morte”, explicou Luz.
Ainda segundo o delegado, Samia Fernandes Silva, 24, será indiciada por homicídio culposo (quando não há a intenção de matar). “A mãe foi no mínimo negligente com os cuidados básicos com a criança e imprudente ao dormir alcoolizada com a filha na mesma cama. As investigações vão continuar, o laudo definitivo sairá em cinco dias, quando será possível ter uma definição melhor do crime”, assegurou o policial.
A mãe não pôde ir ao sepultamento da filha que aconteceu dia 1/5 no Cemitério Municipal de Doverlândia. “Como há grande manifestação popular contra a genitora em sua cidade, para não colocar a sua segurança em risco, decidimos não liberar com o pouco efetivo que temos a disposição nesse fim de semana”, lamentou Marlon.
Samia continua presa em Caiapônia, mas a fiança já foi arbitrada em um salário mínimo, assim que for feito o pagamento a mulher será colocada em liberdade. Quanto a ligação entre as mortes do bebê e do pai, que aconteceu há menos de uma semana, o delegado foi categórico. “Não há nenhuma ligação, é apenas especulação de WhatsApp ”.