Trafegar pelas estradas rurais está praticamente impossível. Alunos estão fora das salas de aula, e o prefeito de Novo Santo Antônio encaminhou ao governo federal um pedido de decreto de "Situação de Emergência". Se ele foi aceito, o gestor poderá contratar empresas para realizar os reparos emergenciais, sem licitação.
Além de Novo Santo Antônio, Novo São Joaquim, Barra do Bugres, Poconé e Juruena estão na mesma situação. Segundo o superintendente da Defesa Civil de Mato Grosso, coronel Abadio José da Cunha Júnior, equipes estão percorrendo as regiões norte e nordeste do estado e fizendo um levantamento da situação. "Constatamos que 18 cidades foram prejudicadas, mas cinco delas sofreram mais com a intensidade das chuvas e tiveram a necessidade de decretar situação de emergência”, declarou o superintendente a um site da capital do estado.
Os principais problemas apontados neste relatório são atoleiros e pontes danificadas, o que teria deixado até mesmo comunidades rurais, em completo isolamento. O governo do estado está estudando uma maneira de auxiliar as prefeituras na recuperação destes estragos, mas as ações ainda não foram definidas.
A cidade de Novo Santo Antônio, a 1.063 km de Cuiabá, foi o primeiro a decretar situação de emergência pelo prefeito Antônio Eduardo Penno. As intensas chuvas encheram os riachos e varjões, como são conhecidas as planícies alagáveis, o que deixou a cidade ilhada. Novo Santo Antônio está localizado na região Norte Araguaia, às margens do Rio das Mortes.
As aulas na zona rural foram suspensas por não haver condições para o transporte escolar e a situação atingiu mais de 1,3 mil famílias.