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31/08/2014 às 07h42min - Atualizada em 31/08/2014 às 07h42min

Um ano da morte de Gabriel e como andam as investigações deste caso

Ronaldo Couto
Araguaia Notícia

No último dia 14 de agosto completou um ano da morte de Gabriel Rodrigues Safel, 4 anos, que faleceu queimado dentro de um ônibus escolar que pegou fogo no município de Aragarças-GO na divisa com Mato Grosso. Mais quatro crianças saíram feridas no incidente que até hoje ainda não teve um desfecho por parte da polícia e da Justiça. 

Passado um ano são muitas as indagações: O que realmente foi feito para melhorar o transporte escolar no município goiano; e os responsáveis pelo incidente foram punidos?

Nunca é demais lembrar que o ônibus terceirizado que pegou fogo era velho e tinha demonstrado um defeito no dia anterior da tragédia e foi contratado pela prefeitura de Aragarças e segundo a polícia estava com laudo vencido do DETRAN. A investigação do caso começou com a delegada Azuen Albarelo que depois foi transferida

Na época do ocorrido, a delegada informou a imprensa local e a Tv Anhanguera de Goiânia que o ônibus estava em péssimo estado de conservação e que um dia antes ficou parado por duas horas, pois saía muita fumaça do motor. E mesmo assim o ônibus voltou a circular no dia seguinte (14/8/13) pegando as crianças do córrego das Mulas onde morava Gabriel.

"A mãe do garoto que morreu me contou que há pelo menos três meses vinha reclamando por causa das condições precárias que o veículo apresentava", pontuou. Na época a delegada falava em indiciar por homicídio culposo (aquele que não tem intenção de matar, mas incorre em erro que provoca a morte de outro) desde o motorista responsável pelo ônibus, ao responsável pela fiscalização e até mesmo prefeito de Aragarças Aurélio Mendes, todavia com a transferência de Azuen a investigação esfriou e até mesmo a imprensa não tocou mais nesse assunto.

Vale ressaltar que a tragédia só não foi maior porque o adolescente Célio Donizete, que estava no ônibus, corajosamente se arriscou ao lado do motorista para retirar as crianças. Ele quebrou as janelas e foi tirando as crianças pela lateral do veículo, mas infelizmente Gabriel não teve a mesma sorte.

Segundo informações da polícia a porta de trás do ônibus estava travada com uma tábua como ‘medida de segurança’ para evitar que a porta se abrisse no caminho e alguma criança caísse. Porém essa medida esdrúxula custou a vida de Gabriel.

Se a porta de trás estivesse funcionando todas as crianças teriam saído ilesas do ônibus inclusive Gabriel que na hora do pânico se escondeu atrás do último banco onde morreu carbonizado.

A tragédia que aconteceu em Aragarças suscitou um grande debate em todo país sobre as condições do transporte escolar em que algumas prefeituras estavam contratando ônibus sucateados para economizar dinheiro e conseqüentemente colocando a vida das crianças em risco.
A morte de Gabriel provocou uma força-tarefa nacional em que o Ministério Público, Ministério da Educação e os governos dos estados passaram a investigar essa situação de ônibus sucateados no transporte escolar. Mas a pergunta é: Será que realmente essa fiscalização aconteceu? Melhorou o transporte escolar? Porque passado um ano, são poucas as autoridades que ainda lembram da morte da Gabrielzinho do córrego das Mulas.


 


 

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