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14/11/2017 às 14h44min - Atualizada em 14/11/2017 às 14h44min

Cientistas da UFU descobrem nova espécie de perereca em Pontal do Araguaia, após perceberem diferenças no canto do animal

G1 MG
UFU/Divulgação

Cientistas da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) descobriram uma nova espécie de perereca. O animal nomeado como Araguaius foi localizado à beira do Rio Araguaria, em Pontal Araguaia (MT). De acordo com o professor Ariovaldo Antonio Giaretta, que liderou o grupo de pesquisa responsável pela descoberta, o anfíbio foi identificado em 2010 pelo canto e DNA diferentes das demais espécies.
 
"Durante um trabalho de campo em 2010 no Mato Grosso, percebi que o canto de alguns machos era diferente dos demais. O canto serve para que as fêmeas reconheçam os machos da mesma espécie. A partir disso, comecei com minha equipe um estudo para identificar a espécie através das alterações do DNA e análises morfológicas e, assim, conseguimos catalogar a nova espécie em outubro deste ano", explicou.
 
A espécie é do gênero Pithecopus. Com a descoberta, agora são catalogados 11 animais. O professor explica que a perereca Araguaius, nome recebido devido ao local onde ela foi encontrada, sobrevive em ambientes úmidos que tiveram interferência humana, como em poços de água em buracos de rodovias.

Pesquisadores perceberam diferenças no canto da espécie (Foto: Milton Santos/Divulgação)

Pesquisadores perceberam diferenças no canto da espécie (Foto: Milton Santos/Divulgação)




“A importância de descobertas como essa é que nós estamos revelando a biodiversidade existente no nosso país,. Quando falamos que o Brasil é rico em espécies, temos que lembrar que alguém teve o trabalho para descobrir e identificá-las” argumentou.
 
De acordo com a pesquisa, o gênero Pithecopus é encontrado em países América Latina. A perereca Araguaius também já foi localizada na Chapada dos Guimarães (MT) e em Santa Terezinha (MT).
 
Além do professor da UFU, lotado na Faculdade de Ciências Integradas do Pontal (Facip) em Ituiutaba, outras quatro cientistas participaram do projeto. Os pesquisadores fazem parte da UFU e da Unicamp.
 

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