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28/10/2017 às 16h00min - Atualizada em 28/10/2017 às 16h00min

Instituto Trata Brasil apresenta os avanços e desafios do Saneamento Básico no Brasil em palestra na UFMT

Thais Tomie
Assessoria / Nascentes do Xingu
“Avanços e desafios do Saneamento Básico no Brasil” foi o tema da palestra do coordenador de comunicação do Instituto Trata Brasil, Rubens Filho, em Cuiabá, nesta última terça-feira (24.10), durante a III Semana Acadêmica de Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). O evento, realizado no auditório Professor João Balduíno Curvo Neto, localizado na Faculdade de Arquitetura, Engenharia e Tecnologia (FAET) da instituição, reuniu estudantes, docentes, técnicos e interessados no assunto.
 
Na palestra, o coordenador de comunicação do Instituto Trata Brasil apresentou dados que mostram a realidade do saneamento básico no Brasil. Segundo ele, os indicadores são alarmantes e prejudicam diretamente o desenvolvimento social e econômico dos estados. Atualmente, no país, 35 milhões de pessoas não tem acesso à água tratada e somente 50% da população possui coleta de esgoto, e do total coletado, pouco mais de 40% são tratados. O restante do material é descartado na natureza. Por dia, esse descarte corresponde a cinco mil piscinas olímpicas. Em Mato Grosso, o cenário do saneamento aponta que 87,81% da população tem acesso à rede de água, 25,60% coleta de esgoto e 25,29% tratamento de esgoto.
 
Entre os números apresentados no encontro, está o estudo do Trata Brasil em relação à saúde humana, realizado em parceria com oInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa constatou que no período de 2013 a 2015, mais de 400 mil pessoas foram internadas por doenças diarreicas no país. Essa estatística tem relação com a falta de saneamento básico e as crianças são as grandes vítimas das diarreias –mais de 50% dessa enfermidade afeta menores de 5 anos de idade.
 
Conforme o palestrante, uma das discussões recentes é em relação ao surgimento de novas doenças devido à falta de saneamento básico. Dentre elas, a do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika. “O mosquito se prolifera em água limpa, mas o problema é que especialistas da área apontam o esgoto a céu aberto como uma fonte de proliferação do mosquito. Isso ocorre porque o esgoto jogado clandestinamente nas ruas e calçadas se acumula em poças, e se transformam em novos criadouros para o mosquito. Se não resolvermos a questão do saneamento básico no Brasil, a proliferação Aedes aegypti continuará aumentando”, alerta o coordenador de comunicação do Trata Brasil.
 
Para o acadêmico Joberth Firmino Gambati, do 9º semestre do curso de Engenharia Sanitária e Ambiental da UFMT, o saneamento básico é um tema que deve ser amplamente discutido para avançarmos nesta infraestrutura. “Precisamos socializar e discutir a importância da universalização do acesso ao saneamento básico não só com os profissionais, estudantes e pesquisadores da área, mas com toda a população. Os dados apresentados pelo representante do Trata Brasil mostram que ainda somos um país muito desigual na oferta deste serviço, sobretudo nas regiões mais pobres, por isso é preciso encontrar alternativas para melhorar nossos índices. A palestra também evidenciou que há uma necessidade de mais investimentos e um maior comprometimento dos gestores públicos para que o saneamento básico avance e mude o cenário caótico em que vivemos”, pontuou o estudante.
 

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