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15/09/2017 às 07h11min - Atualizada em 15/09/2017 às 07h11min

Alunos da Unemat protestam hoje contra caçadores que mataram veadinho em parque ambiental

Esse fato aconteceu dia 9/9 e a comunidade escolar está pedindo o apoio da prefeitura de Nova Xavantina para monitorar o parque e evitar a ação de caçadores

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Um crime ambiental abalou a comunidade acadêmica do curso de Ciências Biológicas do Campus da Unemat de Nova Xavantina que fará nesta sexta-feira (15/9) um protesto contra caçadores que estão entrando no parque ambiental do municipal Bacaba e matando animais silvestres.

Segundo a professora Tereza Cristina Anacleto, no sábado (9/9), um veado catingueiro (mazama guaciobira), com idade entre filhote e adulto, pesando entre 18 a 20 kg, que já fora visto forrageando no campus, nas imediações da residência dos estudantes (C.E.U.), chegou ofegante na casa de Dona Francisca, baleado no pescoço.

Atendido e transportado para o Laboratório dos Mamíferos, o animal veio a óbito mesmo antes de ser medicado. Segundo a professora, o quadro era de septicemia (infecção generalizada), provocada pelo ferimento à bala, provavelmente de calibre 22. O animal foi caçado, e sobreviveu de um a dois dias com a bala no pescoço, vindo á óbito em seguida.

REVOLTA

O crime revoltou professores e alunos do campus. Criada em 27 de dezembro de 1.995 pela lei municipal número 652, a “Estação Biológica Mário Viana” destina-se a preservação da flora, da fauna e dos processos ecológicos essenciais do ecossistema local, além do ensino, pesquisa científica e educação conservacionista.

Hoje transformado no “Parque Municipal Bacaba”, através da lei municipal número 1.895, de 09 de dezembro de 2015, a área dispõe de 458.2689 hectares, dentro dos quais é expressamente proibida a caça, pesca, desmatamento, ou qualquer outra ação que degrade ou coloque em risco seus processos ecológicos naturais.

“É uma unidade de conservação que tem ser protegida, fiscalizada, monitorada. Como fica a nossa segurança? Por aqui transitamos diariamente com alunos, professores, cientistas, alunos da rede de ensino, crianças que vem fazer seus trabalhos, visitantes, pesquisadores...Como vamos ficar expostos às balas dos caçadores, criminosos ambientais?” pergunta indignada a professora.

A área é rica em biomas e vegetação do cerrado e da Amazônia, que fornecem farto material para a produção de artigos e trabalhos feitos por pesquisadores constantemente publicados em revistas especializadas nacionais e internacionais.

PROTESTO

A manifestação da comunidade acadêmica da Unemat irá fazer uma passeata, com saída às 8.00 horas da manhã, da Praça Audimar Hemming, para chamar a atenção das autoridades e da população para o problema.

“Queremos que a prefeitura nos ajude a monitorar o Parque através da Secretaria Municipal do Turismo e Meio Ambiente, nós não temos condições de fazer isso sozinho” disse a estudante Daiane.

Os acadêmicos convidam toda a população para participar da passeata nesta sexta feira.

 

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