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28/04/2017 às 18h02min - Atualizada em 28/04/2017 às 18h02min

1,5 mil vão às ruas, pedem a saída de Temer e ocupam agência bancária

Francis Amorim / RDNews
Representantes de várias categorias foram às ruas na manhã desta sexta (28), em Barra do Garças, para protestarem contra as reformas da Previdência e Trabalhista. A manifestação reuniu cerca de 1,5 mil pessoas, conforme os organizadores, que prometem dobrar o número em um segundo ato realizado no período da tarde, com o trancamento das pontes dos rios Garças e Araguaia, na divisa de Mato Grosso e Goiás.

Com faixas e panfletos, os manifestantes percorreram as ruas Goiás, Mato Grosso, 15 de Novembro, avenida Ministro João Alberto e ocuparam a Praça dos Garimpeiros, no setor central da cidade, para um ato público onde pediram a saída do presidente Michel Temer (PMDB) e condenaram as reformas que estão sendo promovidas no governo.

Durante o protesto, os participantes invadiram a agência do Banco do Brasil, situada na praça, em represália à gerência local que exigiu a entrada de funcionários para a jornada diária, o que foi considerado pelo Sindicato dos Bancários do Médio Araguaia (Sinbama) um desrespeito à lei de greve. “Não concordamos com esse tipo de absurdo”, diz o presidente da entidade, Sebastião Soares.

A participação de cerca de 16 das 20 entidades aguardadas, superaram expectativas, aponta a vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Saúde, Terezinha Talita da Silva. Segundo ela, a presença é uma demonstração da insatisfação dessas representações contra as reformas do Governo Temer. “Quem vai sentir é o trabalhador. Somente com essa união é que vamos conseguir reverter essa situação.”

A Reforma da Previdência, se aprovada, representará o fim da aposentadoria dos brasileiros, já a Reforma Trabalhista ameaça acabar com direitos históricos conquistados pela classe trabalhadora, como férias e 13º salário, por exemplo.

Apoio

No ato, os sindicatos conseguiram a adesão da etnia Xavante, representada pelo cacique e funcionário da Fundação Nacional do Índio (Funai), Raimundo Urebaté. Na língua do seu povo, ele expressou descontentamento com o presidente Temer, criticou a forma como os índios brasileiros estão sendo tratados e arrancou aplausos ao dizer que “sente saudades da presidente Dilma e do presidente Lula”.

O cacique, da terra indígena São Marcos, afirma que os Xavantes estão sendo “massacrados” pelo governo pela forma como as terras estão sendo remarcadas. “Estamos sendo prejudicados. Nosso povo está à mercê de Brasília e desse presidente que ai está”, critica.

Segundo ato

Os sindicalistas, com o apoio do Movimento Luta pela Terra (MLT), prometem realizar às 16h uma manifestação maior pelas ruas de Barra do Garças. O protesto vai descer a avenida Ministro João Alberto e por 30 minutos irá bloquear a passagem sobre as pontes dos rios Garças e Araguaia.

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