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23/03/2017 às 16h59min - Atualizada em 23/03/2017 às 16h59min

JBS confirma suspensão de abate de bovinos em frigoríficos de MT

G1 MT
A empresa JBS S/A confirmou nesta quinta-feira (23) que suspendeu por três dias os abates em dez plantas frigoríficas que funcionam em Mato Grosso, após a Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal, na semana passada. Ao todo, a empresa é responsável por 11 frigoríficos. Os abates devem continuar apenas no município de Diamantino, 209 km de Cuiabá.

Segundo a JBS S/A, o abate deve ser retomado na próxima semana. No entanto, a empresa prevê uma redução de 35% da capacidade produtiva. No Brasil, a produção de carne nos frigoríficos da empresa foi suspensa em 33 das 36 unidades. Em Mato Grosso, são abatidas diariamente 20 mil cabeças de gado.

As medidas, segundo a JBS S/A, visam ajustar a produção até que haja uma definição sobre os embargos impostos pelos países compradores de carne brasileira.

Os abates em alguns frigoríficos já haviam sido suspensos. Em Araputanga e Pontes e Lacerda, a 371 e 483 km de Cuiabá, respectivamente, por exemplo, o abate está suspenso desde a terça-feira (21), segundo o deputado Wancley Carvalho, que tem essa região como base eleitoral.

Na quarta-feira (22), o diretor da Associação de Criadores de Gado de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, afirmou que o produtor deve sentir de imediato o impacto das suspensões.

"O produtor já se programa. Pensa, vou abater tal dia e receber tal dia, tudo isso é programado e, quando acontece algo assim, quebra a estrutura do negócio, então não sabe como vai honrar o seu compromisso, onde abater os animais", explicou Vacari. Segundo ele, os produtores ficarão três dias sem saber onde irão abater o gado.

Na avaliação do diretor da entidade, o momento requer precaução, cautela, até a normalização do mercado, tanto para a indústria quanto para o produtor. "O que a Acrimat não vai admitir é que as empresas aproveitem esse momento de insegurança para tirar proveito econômico", declarou.

Operação Carne Fraca
Durante a Operação Carne Fraca, a Polícia Federal prendeu 36 pessoas suspeitas de envolvimento em um esquema de fraude na produção e comercialização de carne. Algumas já deixaram a prisão.

Além de corrupção envolvendo fiscais do Ministério da Agricultura e produtores, a investigação encontrou indícios de adulteração de produtos e venda de carne vencida e estragada. Das 21 fábricas investigadas, 18 ficam no Paraná. Em Mato Grosso, não há nenhuma nessa lista.

Há ainda a suspeita de que partidos políticos tenham sido beneficiados com o pagamento de propina.

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