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26/05/2016 às 16h32min - Atualizada em 26/05/2016 às 16h32min

Dono de frigorífico não consegue explicar fechamento de empresa em MT

Assessoria

“Nós não estamos brincando aqui! Nós estamos fazendo um trabalho sério, queremos que o diretor geral desta empresa venha a esta CPI para esclarecer os fatos de verdade!”, disparou o presidente da CPI, deputado Nininho.

Durante a reunião especial da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Frigoríficos da AL/MT realizada em Mirassol d´Oeste na tarde de ontem (20), foram ouvidas dez testemunhas, dentre elas o representante enviado pela empresa Minerva Foods (incorporada pela Mato Grosso Bovinos S.A) o gerente administrativo Roberto Cézar dos Santos que foi questionado sobre o fechamento da planta frigorífica na cidade e afirmou que o principal motivo para o fechamento teria sido os altos custos que a planta gerava, em especial com energia elétrica.

A afirmação provocou a ira da população que acompanhava o depoimento e também dos membros da CPI, pois acreditaram não serem plausíveis as explicações fornecidas.

Roberto dos Santos ainda foi interrogado sobre os investimentos e os possíveis incentivos fiscais recebidos para que fosse instalada a planta frigorífica no município, mas disse não ter conhecimento.

“Nós não estamos brincando aqui. Nós estamos fazendo um trabalho sério, queremos que o diretor geral desta empresa venha a esta CPI para esclarecer os fatos de verdade.” disparou o presidente da CPI, deputado Nininho.

“Vamos ouvir todos os envolvidos na cadeia da carne em nosso estado, caso não venham depor como convidados, faremos com que sejam conduzidos coercitivamente. Vamos tirar isso a limpo de um jeito ou de outro!”, finaliza.

Os advogados da empresa se manifestaram informando o nome do diretor e o endereço para a convocação. Na sequência, o presidente apresentou aos demais membros da CPI o requerimento de convocação que foi discutido e aprovado.

Outro convocado para esclarecer o fechamento da planta frigorífica da JBS S.A na região, o diretor Marcelo Zanatta Estevam não compareceu, mas encaminhou justificativa afirmando que se encontrava em viagem ao Paraguai e se colocou à disposição da CPI para uma próxima oitiva.

 

Oitivas

Durante a reunião especial foram ouvidas dez testemunhas, dentre elas prefeitos da região, presidente das Câmaras Municipais e produtores rurais. Todos relataram os problemas econômicos e sociais ocorridos com o fechamento de quatro plantas frigoríficas na região, em apenas seis anos. Foram fechadas plantas frigoríficas em Cáceres, Mirassol d´Oeste, São José dos Quatro Marcos e em Pontes e Lacerda.

O prefeito de Mirassol, Elias Mendes Leal, afirmou que foram demitidos 1.001 funcionários do frigorífico, além de mais 300 funcionários da indústria Lopesco que trabalha com os subprodutos de origem animal que estava diretamente ligada ao abate dos bovinos.

“Nessa microrregião, estamos com rebanho de 3,7 milhões de gado em pé e, hoje, para que o abate seja feito fora do estado, o custo para o setor agropecuário é de algo próximo a R$ 2,2 milhões com contratos com terceiro para movimentação de carretas”, declarou Leal.

Participaram da reunião os deputados Ondanir Bortolini, Nininho, (presidente), José Domingos Fraga (relator), Eduardo Botelho (vice-presidente), Dr. Leonardo (membro suplente), Oscar Bezerra (membro suplente), além do procurador da AL/MT, Francisco de Brito.

A próxima reunião ordinária da CPI dos Frigoríficos já está agendada para a próxima terça-feira, dia 24 de maio às 9h na sala das Comissões 201 na Assembleia Legislativa.


 

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